Campos Elíseos quer se recuperar

No passado, morar nos Campos Elíseos era para a alta sociedade. O bairro, que, entre o final do século 19 e até a primeira metade do século 20, era repleto de casarões, cujos donos eram magnatas do café e da nascente indústria paulistana e que chegou a ser sede do Governo do Estado, passou a segunda metade do século passado perdendo valor.

Os antigos casarões mudaram de donos e depois de abandonados, tornaram-se destinos de sub-habitações, muitas vezes cortiços ocupados por uma população de baixa ou nenhuma renda. Com o tempo, a situação até piorou, pois o bairro virou ponto de viciados, sediando parte da chamada Cracolândia.

Mas esse cenário vai mudar. Assim como o Centro, o Campos Elíseos e bairros vizinhos voltaram a ser foco do mercado imobiliário. A mudança coincidiu com a inauguração da Sala São Paulo, o que deu novo fôlego à região.

Os Campos Elíseos está mudando o seu perfil e sendo cada vez mais valorizado. A iniciativa privada reconheceu - e ajudou - os esforços da prefeitura de mudar o local. Como o Centro, o bairro é um bom ponto para prédios comerciais e também residenciais, pois tem infraestrutura e preço do metro quadrado muito interessante. De acordo com o Portal ZO Imóvel, a média é de R$ 6,4 mil. Bem abaixo, por exemplo, da Liberdade, na região central, ou Aclimação, na zona sul, e mesmo dos vizinhos, como a Santa Cecília e a Barra Funda.

Pode até ser que o bairro não reviva seus áureos tempos, mas ver que ele tem uma nova oportunidade, com lançamentos interessantes, faz com que se fique otimista. Ganha o mercado, ganha o comprador.