O mercado redescobriu a Santa Cecília. Nos últimos anos, os lançamentos de edifícios começaram a crescer no bairro. Ainda de forma tímida, com um ou outro produto lançado ou em construção a partir de 2005. A maioria desses lançamentos é unidades de até 40 ou 50 metros quadrados, de um quarto. Estão mais próximas a avenidas, aproveitando o novo Plano Diretor que permite esse tipo de construção e até incentiva.
Com relação às unidades mais antigas, imóveis de terceiros, o bairro tem muitas variedades, fruto da desvalorização e desinteresse no bairro. A locação ainda é o mais forte, mas há muitas opções para venda. Unidades mais antigas e maiores, com dois dormitórios ou mais, bem localizadas, são as mais procuradas. Os preços ajudam e muito.
Há alguns anos, o bairro percebeu umas mudanças. No passado, Santa Cecília tinha imóveis, apartamentos, menores que eram muito procurados por famílias menores, solteiros, descasados e estudantes. A subida de preços fez com que esse público deixasse o bairro. Recentemente, esses espaços começaram a dar lugar a edifícios com unidades menores e esse público tende a voltar, principalmente estudantes em razão das faculdades e facilidades do bairro e, claro, à nova área cultural que Santa Cecília sempre teve e volta a ter.
O fechamento do Minhocão à noite e aos finais de semana ajuda também. A partir dos anos 1990, o Elevado passou a fechar às madrugadas e se transformou até em área de lazer. Essa transformação urbana fez com que os compradores começassem a ver a Santa Cecília como opção interessante. Hoje, os antigos prédios são interessante para esse novo público, com perfil bem eclético.
Texto elaborado por Marco Barone em novembro de 2016.